
No amargo de tua ausência, como hei
de navegar? Quero buscar-te entre as
algas, entre as estrelas do mar, mas meu
navio, em naufrágio, não pode a ti me levar.
E assim fico a esperar-te na praia,
desvairada esperança das ondas nas rochas,
batendo nas rochas, gemendo nas rochas,
quebrando nas rochas, morrendo nas rochas
te espero
te espero
te espero.
Antônio Fagundes
Nenhum comentário:
Postar um comentário