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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Inteligência

Marionete




Te Espero

Te quero

Te sinto


S A U D A D E S


Mesmo assim

Não aprendes a gostar

Só queres me transformar

Em um boneco

Onde as cordas devem estar

Nas mãos que me acariciam...


EU ME NEGO!!



Alexander Bispo

Pelo Meu Eu...



Se algum dia, eu tiver a meu lado alguém
que goste de mim; não pela beleza física,
mas, pelo que eu penso ou sinto...

Talvez eu consiga sentir por essa pessoa,
tudo que ela merece apenas por eu viver,
a ilusão de que um dia "ELA" gostou de mim.


Antônio Fagundes

Caminhos

terça-feira, 29 de setembro de 2009

O Segredo das Flores





Ouvi dizer certa vez

que as flores

Tem um perfume
estonteante
que as flores

Tem uma beleza
inebriante


Mas se as queres assim

não as toque

não as cobice

ou elas morrerão
e tudo se perderá


Este é o segredo
das flores

A distância...

Porque insiste em querer

ser uma flor?



Alexander Bispo

Falta Algo



Há momentos em que fica tudo tranquilo demais,
especialmente tarde a noite ou pela manhã cedinho.
É aí que se sabe que falta algo na sua vida.
Você fica sabendo, só isso.


Antônio Fagundes

O vazio



O vazio que existe dentro de cada indivíduo,
só aumenta quando ele se relaciona com
pessoas vazias.

Não só de inteligência, mas principalmente
de sentimentos.

E só vivemos o que sentimos. E..., o maior
erro, é ter um ideal, e não vivê-lo.


Antônio Fagundes

Julgamentos

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Chegou a Primavera

Chegou a primavera,

tempo de amar.

Florescem as quimeras:

sei que hás de voltar.




Não tardes, que as rosas,

breves, murcharão.

Não tardes, vem logo!

Última ilusão!



Antônio Fagundes

Há Amores

Há amores festivos, de águas de serra

que falam de terra, sementes, clarão.

Há amores tristonhos, de vidas sombrias

em noites vazias sem uma canção.

Há amores já loucos gritando, sofridos,

urgente pedidos, clamores de pão.

Há amores heróicos, pesados de dores,

sonhando esplendores de libertação.

Amores festivos não voltam;

mas os outros

voltarão?



Antônio Fagundes

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Intensidade

Silêncios

Sou um homem de silêncios

profundos, um homem que desconfia

das palavras, como se fossem

uma armadilha, em vez de um

meio de comunicação. Mas há

algo de fascinante em meu silêncio.

Uso o silêncio como

outros homens usam as

Palavras!



Antônio Fagundes

Teatro da Vida

A vida é um palco

Eu sou um ator

Você uma atriz

Mas neste ensaio doentio

O que importa é ser feliz



Alexander Bispo

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Falta que um amor me faz...

Eu Mandava

Se este coração fosse meu... Jurei, cansei

de jurar: eu te faria raínha, se me

deixasses te amar. Seu coração e toda

você, eu mandava enfeitar de ouro, jóias,

pedrarias, só para ver-te passar. Eu

mandava, eu sei, podia: era todo o luar.

Eu mandava, bastaria, bastaria o teu

olhar. Se tua vida fosse minha, e fá-la-ia

encantar de pedacinhos de céu!

Não quiseste acreditar...


Antônio Fagundes

Dúvidas da Solidão

Insalubre pensamento,

que me enjaula naquele momento,
triste momento...

O que hei de pensar?

Porque este turbilhão,
que me enche de dúvidas
o coração?

Porque tão feio morcego
me circunda
a razão?


Por favor estenda a mão...

...e me tira desta solidão!!!...


Alexander Bispo

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Jeito de Amar

Te quero...

Eu quero ser as contas do teu Rosário,

Quero estar no teu livro de rezas,

Quero ser capa do teu livro de rezas,

Quero ser capa do teu Sagrado Evangelho...

Acalentar o teu sono

E amanhecer em tua janela.

Eu quero ser o teu hoje

E o teu amanhã...

Me entranhar como bálsamo!...

Quero ser as tuas horas

Teu vinho rosê, teu petite Ciquarelle...

Teus pensamentos e sonhos mais loucos,

Teu Cristo, teu Deus, teu tudo... teu nada.

Chega!... eu te quero.


Antônio Fagundes

Enfrentando os Medos

O OBSCURO

Mais que interessante
e tentador

Oferece uma oportunidade

única

De enfrentar os próprios medos,

de enfrentar-se!

Para que...

sem medos

A nos afligir

Vejamos que...


Temos uma VIDA

a seguir!!



Alexander Bispo

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Entendes meu verso?

Nulas Emoções

Não sei se a falta

de pensar,

o medo

de agir,

Começará a me consumir

algo deve ser feito

Mesmo que seje

contra o que é direito...


Icógnitas

Interrogações

Deixe disso e abandone

as

Emoções.



Alexander Bispo

Plantando o Amor

É preciso lavrar como eu lavrei
e amar como eu amei
Amores de semente e suor.
E levantar-se pela madrugada
para saber se o amor germinou.

É preciso escavar a terra em pedras
e carpir e carpir a roça em cardos.
E depois perscrutar o céu sem nuvem,
e as nuvens refugindo sem chover,
e aspirar fundamente o ar da noite,
na ansiedade de avaliar o orvalho,
e também afundar as mãos na terra
à procura de alguma fresquidão.

É preciso rezar que as chuvas parem,
quando se afogam os rebrotos tímidos.
E ficar horas e horas à vidraça
à espera de um vôo no aguaçal.

É preciso sentir a terra gretada,
sofrer a terra combusta,
raspada,
roubada na enchente.

E, depois de perdida a safra inteira
amar uma vez e outra vez.
Apenas porque é preciso.


Antônio Fagundes

domingo, 20 de setembro de 2009

O Amor

A Cada Dia

A cada dia que passo, aprendo...
A cada dia de aprendizado,observo...
A cada dia de observação, ganho experiência...
A cada experiência ganha, vivo!

não sei se é bom ou mau
mas enxergo que:

nem todos querem aprender;
nem todos querem observar;
nem todos querem ter experiências.

Mas todos querem viver
e por ignorar os passos

aprendizado - observação - experiência

passam pela vida sem ter um porquê...

e dela reclamam

sem saber o que é viver!!!


Alexander Bispo

Você

PENSAR EM VOCÊ:

É fazer poemas,
deitar tarde
e acordar cedo
sonhar de madrugada,
querer realizar.
não ter medo,
acreditar.


FICAR COM VOCÊ:

É sussurro no ouvido,
beijo molhado,
Lágrimas de emoção,
mil sentidos,
beijar seus cabelos,
palpitar de desejos,
querer.

ADMIRAR VOCÊ:

É achar sua pele macia,
Seus olhos lindos,
Seu corpo embriagador.
Reler suas cartas,
ganhar o mundo
ganhar o dia-a-dia,
Amar sempre mais



Antõnio Fagundes

sábado, 19 de setembro de 2009

É Preciso

É preciso galopar pela coxilha, cabelos soltos

ao vento, o vento a bater no peito, e ficar

ouvindo a noite na amplidão; e reacender

as lembranças mais antigas, desde outrora,

de muito antigamente, em derredor do fogo,

no galpão, de varonias e de campereadas,

baguais e touros, força domada, grandezas

de guerra, heroísmos de paz.


É preciso encharcar-se de amor,

deste, amor, e do amor deste céu

e de serras ao longe, do verde dos

mares, florestas e campos, do verde

ondeando em searas ao sol.


Antônio Fagundes

Razão

Razão

Já não sei se a tenho

Já não sei se a quero

Possuí-la é para poucos

Estes poucos sem noção

Desconhecem a ilusão

Não quero perder

minha ilusão,


Pois esta que faz

bater

Meu coração.



Alexander Bispo

Loucura

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Autobiografia em Devaneios


Após um pouco pensar, alguns pedidos das seletas pesoas que a leram, resolvi postar aqui, algo que rabisquei e muito me agradou, refletiu o que aso e sinto por viver e escrever, minha autobiografia, resumindo eu por mim... E claro com uma pitadinha de insanidade pra dar um toque especial. Aí está:



Quem sou eu?
Alexander Bispo, mineiro, poeta, diferente, louco...
Brincalhão, inconseqüente, subjetivo e reticente...
Idade?
Depende, criança talvez, no espírito que me acompanha Cortez.
Um velho quem sabe, na forma de agir e pensar;
Ou talvez um adolescente, que aproveita a vida de forma permanente.
Hum, talvez nem tenha nascido, pela esperança que surge por cada dia vivido.
Quantos anos e vida?
22, mas não importa, tenho todas as idades dentro de mim, mas me importa delas o que é bom de cada fase, viver a vida enquanto posso.
Um pouco de mim?
Tenho e tive anseios, vivo em devaneios. Na falta de coesão se encontra minha razão, minha subjetividade é tão objetiva que muitas vezes me invade.
Tenho sede por conhecimento, fome por cada vão momento, por tolices não me atormento, busco razão no meu surreal sentimento, que alimento mesmo no sofrimento.
Escrevo porque gosto, escrevo porque quero, escrevo para me entender, escrevo para viver, escrevo para curtir, escrevo para refletir, escrevo para abstrair... Por fim, escrevo, simplesmente escrevo.
Leio pois compreendo, para saciar minha sede de conhecimento, que me invade a todo momento e que me leva ao contentamento... Sabedoria, não sei até onde vai, não sei que parte me recai, simplesmente não sei, mas pelo que me cabe certamente lutarei.
Lutarei sempre, por objetivos, por pessoas, por razões, por emoções, por vitórias, e por que não pelas derrotas, foi caindo que eu aprendi, vivi e sobrevivi.
Fui, sou e serei criança, momentos diversos tenho na lembrança, mil histórias, nenhuma me cansa, neste tenro e ilustre coração de criança. Já escrevi um diário... Por um dia apenas, e o olhei por dezenas, já desejei brinquedos, que os tive entro os dedos... Já tive medos! Que enfrentei sem segredos. Já corri, pulei e brinquei... De tudo isto só eu sei, que me alegro e alegrei.
Tive e tenho amigos, por quem luto e lutei, e hoje devo a eles, metade do que sei e do que hei de aprende, pois na vida, tudo é saber. Alguns amigos de momento, outros no firmamento que me acompanham na felicidade e no sofrimento, que não posso contar, se fosse comparar às estrelas certamente iriam faltar... Estrelas. No mar de amigos, agradeço pelos que tive, conservo os que tenho, espero os que virão, todos são guardados no fundo do coração.
Mestres e professores, pessoas especiais. A quem agradeço minhas metas e ideais, na família da vida foram iguais a meus pais. Meus pais, como deixar de mencionar, singelas criaturas que me ensinaram a amar, caminhar e respirar, me alinharam na vida para ser um vencedor, para isso sempre lutar, pedras sei que há, mas com elas, ouvi falar, minha fortaleza se ampliará.
Minha irmã, meia década depois veio a florescer, linda flor que apareceu no jardim da vida, que flor querida... Um raio de sol a veio iluminar, e este carinho cada dia a se ampliar, por mais que espinhos há, hei de sempre a seu lado estar.
Avós do meu coração, formadores da minha razão. Que são donos do meu coração, em toda a sua imensidão. Pais duas vezes, me deram a mão, me serviram de sustentação para vencer com emoção, a batalha da vida e da razão.
Pela juventude cresci e sorri, vi pessoas queridas a partir, pessoas de bom grado e bom coração que cumpriram sua missão, que doce emoção, pessoas de imenso coração.
Vida, louca vida, que me ensinou horrores, dos amores todas as dores, da razão toda a emoção, que ao cair me tirou do chão, e me mostrou com sofreguidão como respeitar o coração.
Hoje, alguns anos depois que nasci, muita coisa já conclui, muito eu aprendi, um tanto já sofri, mas assim que se aprende a viver. Cada momento um por que.
A vida faz-se de momentos e detalhes. Momentos que vivo e detalhes que observo. Aprender é a arte de viver...


Alexander Bispo

Como um pássaro

Como um pássaro a voar

Pairo sobre ti o olhar

Não sei o que falar

Nem sei se assim

Deveria estar

Só sei que

Se não tentar

Não sei no que vai dar...

Mas continuo a

Querer tentar



Alexander Bispo

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Ilusão

Agride, rasga - sangra -
Os templos e véus
Mais sagrados de um povo.
Quem fora tal mulher quando menina?
Quem fora??...

Será que já nascera assim:
Cantando, dançando, pecando, jogando?...
...Ou será que fora dançarina
De alguma caixinha de música na França?...

E no vai-e-vem da vida,
Ela vai dançando, cantando, pecando...
Jogando, tramando, viciando...

- ILUDINDO -

E morrendo duma overdose
De pura ilusão... pura ilusão
Solidão...

I-LU-SÃO...



Antônio Fagundes

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Amor Impossivel

O jovem, vindo cansado

de desventuras sem fim,

encontra a dama, extasiado

e descanta ao bandolim.

Tola de anseios e dores,

de perfumes do jardim,

de rosais e de mil cores,

tudo a implorar o seu <>.

Ela, fria, inatingivel,

absorta, em gesto triste,

sorri para longe, além...

Jovem, o amor impossivel

não fenece: subsiste

no meu velho "coração".


Antônio Fagundes

Agora

Agora,
Quando essa chuva fina
Insiste em bater na vidraça,...
E a saudade invade o meu coração,
Sinto a Poesia
Gritando dentro da alma.

Teu vulto,
Teu semblante... Tuas palavras
Me vêm à mente.
Teu cheiro, meu incenso favorito,
Parece, então, invadir o quarto...
E o teu gosto!!...
Mistura-se na xicara de café.

Risco, rabisco, rabisco e risco...
- AMASSO -
Coloco fora a folha de papel!...
E fica agonizando dentro de mim
o que a caneta não quis mais te escrever.


Antônio Fagundes

terça-feira, 15 de setembro de 2009

As Pontes

Anarquia do Ser

Fluxo continuo do ser
que fazes com meu querer?

Porque pensas com a razão
se entretanto não ages assim não

emoção?
ajuda a pensar

mas na hora de agir
também não serves não

Como ages então?
Deixa a anarquia

se instaurar no interior...
Para quando questionar

Não se sabe quem falou!!


Arrependimento?
para quê, se o que importa é viver.


Alexander Bispo

Não Sabia

Eu não sabia a hora...
O dia o mês,
O ano, a estação,
O momento exato
Em que você iria chegar...
Pra com sua beleza de princesa
Enfeitar a casa
E desarrumar a cama...
E com sua sagrada palavra de mulher
Consagrar meus versos
E dizer
Em meio de sussurros,
Que me ama.

Não sabia
Se devia esperar com vinho,
Ou esperar com vodka...
Acender incensos
Pra perfumar e purificar a casa...
Enfeitar a mesa,
Apagar as velas...
Agradecer aos Deuses!
- TE AMAR -
E ser feliz!!


Antônio Fagundes

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Palavras

Subjetividade

Um sorriso

Um olhar

Uma palavra

A subjetividade paira no ar

Será que consegues interpretar?


Não sei...

Mas seje o que for

Não pare de imaginar.



Alexander Bispo

É Preciso

É preciso viver imerso em ti,

longamente,

intimamente,

integralmente,

amor meu,

no teu presente-agonia,

nos teus passados de conquista e gloria,

para aprender a te amar

e, esquecendo estes tempos de agora,

esperar, esperar e esperar.


Sim, é preciso lutar.

Apenas porque é preciso.



Antônio Fagundes

sábado, 12 de setembro de 2009

Hegel

Victor Hugo

Mais facilmente se julgaria um homem segundo os seus sonhos do que segundo os seus pensamentos.

Comer é uma necessidade do estômago; beber é uma necessidade da alma.

Chega sempre a hora em que não basta apenas protestar: após a filosofia, a ação é indispensável.

Iniciativa é fazermos o que está certo sem ser preciso que alguém nos diga para fazermos tal.

A primeira igualdade, é a justiça.

Admiremos os grandes mestres, mas não os imitemos.

Todo o grande artista amolda a arte à sua imagem.

A razão é a inteligência em exercício; a imaginação é a inteligência em erecção.

Passamos metade da vida à espera daqueles que amamos e a outra metade a deixar os que amamos.

O poeta deve ter um só modelo, a Natureza; um só guia, a verdade.


Victor Hugo

Quando...

Que mentira

Devo dizer-te

Para justificar a minha pesia?...

Em que ano

Se foi a nossa juventude?...

Em que praia,

Em que céu,

Em que ventos...

Partiu a nossa inocência?...

Em que bar

quebrou o nosso copo???



Antônio Fagundes

Momentos

A cada instante que relembro nossos momentos,

te sinto a meu lado,

tuas mensagens te trazem para mais perto de mim...

Mas mesmo assim é pouco;

Quero a todo instante estar com você!!

abraçar-te.

beijar-te.

acariciar-te.

protejer-te.

Por fim, te dar todo o meu carinho...

Mesmo que eu padeça na esperança do seu!!!


Alexander Bispo

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Saint-John Perse

Reticente...

Não faço questão deste rabisco carnal,

Meus olhos estão sempre direcionados a ti

Somente você tem o privilégio

Dos melhores e mais secretos olhares

(e intensões)

Proferidos por mim e meus olhares

(fatais e convidativos)

Que só você sabe enxergar,

Interpretar, e é única a poder vislumbrar.

Apenas você tem o direito

Ao Amor que deles emanam

e ...

Três poontinhos mais...



Alexander Bispo

Vincent van Gogh

O amor é eterno - a sua manifestação pode modificar-se, mas nunca a sua essência... através do amor vemos as coisas com mais tranqüilidade, e somente com essa tranqüilidade um trabalho pode ser bem sucedido.

Grandes coisas não se fazem por impulso, mas pela junção de uma série de pequenas coisas.

Se você perdeu dinheiro, perdeu pouco. Se perdeu a honra, perdeu muito. Se perdeu a coragem, perdeu tudo.

Quem não é senhor do próprio pensamento não é senhor de suas ações.

O resultado do pensamento não tem de ser o sentimento mas a atividade.

Vincent van Gogh

Meu nome é felicidade...

Meu nome é felicidade...
Muitos me procuram,
Mas não me encontram nos lugares e nas coisas
Em que imaginam que eu esteja.
Muitas vezes sou confundida com o brilho do ouro,
com o verde do dólar...
Com um perfume francês
E com as diversas deturpações que intitulam
De amor...
Eu sou assim, simples e humilde!...
E por isso, estou na simplicidade das coisas,
No sorriso das crianças,
Na profundidade do silêncio das igrejas,
Nas mãos de um trabalhador...
Num pequeno gesto de amor.
Eu estou principalmente
Dentro do seu coração!...
Meu nome é felicidade...


Antõnio Fagundes

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Citações

"Como posso querer que meus amigos entendam as coisas loucas que passam pela minha cabeça, se eu mesmo, não entendo?"

Salvador Dali

Você nunca se decepciona com o outro. Você, quando se decepciona, o faz com você mesmo, por não saber respeitar as possibilidades do outro.

Roberto Shinyashiki

Nada é veneno e tudo é veneno; a diferença está na dose.

Paracelsus

Hoje eu fui aceito como sócio de um clube, mas não vou freqüentá-lo jamais. Como posso freqüentar um clube que aceita como sócio um sujeito como eu?

Groucho Marx

Minhas Coisas

Minha caneta Parker com teu nome gravado...
Teu caderno de contos encantados,
Minha máquina de escrever,
Tuas cartas de amor com perfume barato.
Minha poesia inacabada,
Tua medalhinha de prata (que sabe de tudo!),
Nosso disco de Chico,
Tua calça lee desbotada, esfiapada,
Surrada...
Nossos brandos dias molhados de agosto,
Nossas juras de amor,
Meu Cristo partido, ferido, inimigo...
Nossos pactos e nossos impactos...
Um Garcia Lorca na estante do quarto
E uma velha fotografia de quatro anos atrás.
E como era fácil dizer... TE AMO!


Antônio Fagundes

Objetivos

Pasmo fico ao pensar
tempestivas idéias a aflorar

de que serve aprender
saber
querer

se não posso dividir e fazer?

não sei aonde vou chegar
mas pretendo tentar...



Alexander Bispo

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Caráter... Uma consequência.

Semeia um pensamento e colherás um desejo; semeia um desejo e colherás a acção; semeia a acção e colherás um hábito; semeia o hábito e colherás o carácter.

Tihamer Toth

Surrealidade

Massa encefálica que me preenche a cabeça
Agonia que me incomoda a razão
porque esta louca imaginação
Não faz como manda o coração?

Subestima o conhecimento
dilapida a precaução

e neste vácuo temporal
curte a explanação

Sentido?
Talvez...

Mas pra que interpretares
Se não sabes o que fez?


Alexander Bispo

Cicatrizes

Quando decidimos agir é natural que

surjam conflitos inesperados. É natural que surjam

feridas no decorrer destes conflitos.

As feridas passam: permanecem as cicatrizes, e isto é

uma benção. Essas cicatrizes ficam conosco o resto da

vida, e vão nos ajudar muito. Se em algum momento
- por comodismo ou qualquer outra razão - a

vontade de voltar ao passado for grande,

basta olhar para elas.

As cicatrizes vão nos mostrar a marca das algemas,

vão nos lembrar os horrores da prisão - e

continuaremos caminhando para frente.


Antônio Fagundes

terça-feira, 8 de setembro de 2009

"Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter,ter deve ser a pior maneira de gostar "

[...] "Poderás dizer-me para que queres o barco, Para ir à procura da ilha desconhecida, Já não há ilhas desconhecidas, O mesmo me disse o rei, O que ele sabe de ilhas, aprendeu-o comigo, É estranho que tu, sendo homem do mar, me digas isso, que já não há ilhas desconhecidas, homem da terra sou eu, e não ignoro que todas as ilhas, mesmo as conhecidas, são desconhecidas enquanto não desembarcarmos nelas, Mas tu, se bem entendi, vais à procura de uma onde nunca ninguém tenha desmbarcado, Sabê-lo-ei quando lá chegar, Se chegares, Sim, às vezes naufraga-se pelo caminho, mas, se tal me viesse a acontecer, deverias escrever nos anais do porto que o ponto a que cheguei foi esse, Queres dizer que chegar sempre se chega, Não serias quem és se não o soubesses já" [...]


in O conto da ilha desconhecida, de José Saramago
[http://www.releituras.com/jsaramago_conto.asp]

Segredo da Felicidade

Quando procuramos a nossa felicidade,
tudo que queremos saber é onde ela está
escondida. Nunca nos perguntamos porque
desejamos encontrá-la, e para que
precisamos dela.
Concentramos nossa energia voltada para
a recompensa, sem entender que quando
algém deseja algo, tem que ter uma
finalidademuito clara para aquilo que quer.
Este é o único motivo de se buscar
uma recompensa, e este é o segredo da
nossa felicidade.

O segredo da nossa felicidade, como o

segredo de qualquer conquista que o homem

busca nesta vida, é a coisa mais simples do

mundo.

O que fazer com ela!


Antônio Fagundes

Sei

Me pego num querer,

Me pego num saber,

um saber sem querer,

um querer sem saber.

Será que sei??

Nada sei...

Só sei que:

Quero você!!!


Alexander Bispo

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

(p)ousar

Surgiu
na casa das casas
na sala das margens
no encartamento
de asas
(p)ousou
surrealístico
na extrema miragem
na laura do texto
no livre pretexto
que ousou
qual nuvem o sabe?
que lápis cavalga
seu vôo de viagem?
pergaminhos de vontade
conduzem o verbo tan
gente
pois
(sei)
de novo (p)ousará
na casa das asas
que aladas se escrevem

no ar.


Antônio Fagundes

Especial a Mim

você se faz especial à mim

nem tenho palavras para definir

como você me faz sentir

Feliz fico por ter lhe encontrado

que durante muito tempo procurei

mas quando da procura cansei

lhe encontrei,

a metade que me completa: culta, humilde,

inteligente.

Que me compreende e me inspira

fazendo-me aprender e viver intensamente

este grande e especial AMOR...


Que desejo ser vivido,

seja como for...


Alexander Bispo

Mídia...

Através da aplicação inteligente e constante da propaganda, as pessoas podem ser induzidas a ver o paraíso como o inferno, e também o contrário, e considerar o mais miserável tipo de vida como paraíso.



Adolf Hitler

Vinicius de Moraes

Fernando Pessoa

domingo, 6 de setembro de 2009

Canção de ninar meu bem

Hoje a lua despiu seu véu
E flutua a dormir no céu
Na canção que de mim nasceu
Meu amado adormeceu
Meu amado adormeceu

Dorme, meu amor
Como no céu a lua
Tu serás sempre meu
E eu só tua

Dorme, amigo, que a poesia
É um mistério que não tem fim

Dorme em calma
Que assim, um dia
Dormirás para sempre em mim
Dormirás para sempre em mim


Vinícius de Moraes

Ai, quem me dera

Ai quem me dera, terminasse a espera
E retornasse o canto simples e sem fim...
E ouvindo o canto se chorasse tanto
Que do mundo o pranto se estancasse enfim

Ai quem me dera percorrer estrelas
Ter nascido anjo e ver brotar a flor
Ai quem me dera uma manhã feliz
Ai quem me dera uma estação de amor

Ah! Se as pessoas se tornassem boas
E cantassem loas e tivessem paz
E pelas ruas se abraçassem nuas
E duas a duas fossem ser casais

Ai quem me dera ao som de madrigais
Ver todo mundo para sempre afins
E a liberdade nunca ser demais
E não haver mais solidão ruim

Ai quem me dera ouvir o nunca mais
Dizer que a vida vai ser sempre assim
E finda a espera ouvir na primavera
Alguem chamar por mim...



Vinícius de Moraes

Veja Você

Veja você, eu que tanto cuidei da minha paz
Tenho o peito doendo, sangrando de amor
Por demais
Na dor eu sei a extensão da loucura que fiz
Eu que acordo cantando
Sem medo de ser infeliz

Quem te viu, quem te vê, hein, rapaz?
Você tinha era manias demais
Mas aí o amor chegou
Desabou a sua paz
Despediu seu desamor pra nunca mais
Algum dia você vai compreender
A extensão de todo bem que eu lhe fiz
E você há de dizer: meu amor, eu sou feliz
Quem te viu e quem te vê, hein, rapaz?



Vinicius de Moraes

Os Meses

Suavemente Maio se insinua
Por entre os véus de Abril, o mês cruel
E lava o ar de anil, alegra a rua
Alumbra os astros e aproxima o céu.

Até a lua, a casta e branca lua
Esquecido o pudor, baixa o dossel
E em seu leito de plumas fica nua
A destilar seu luminoso mel.

Raia a aurora tão tímida e tão fragil
Que através do seu corpo transparente
Dir-se-ia poder-se ver o rosto

Carregado de inveja e de presságio
Dos irmãos Junho e Julho, friamente
Preparando as catástrofes de Agosto...


Vinicius de Moraes

Ausência

Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.



Vinícius de Moraes

Deixa Correr

Sozinho aqui estou
logo me ponho a pensar

porque a mente esta a
avassalar

se tudo o que quero
é que pares de pensar

anestesia sua função
larga esta (...)

melhor não dizer
deixa tudo correr...


Alexander Bispo

Sobre a Mesa

Sobre a mesa...
Um pensamento antigo,
Uma folha de papel em branco,
Um livro qualquer... poesias perdidas.
Uma xícara de café, um cigarro...
A tua mais íntima beleza na fotografia!
Sobre a mesa...
Uma rosa, uma carta, um cartão... um adeus,
Uma saudade, um passado, uma lembrança...
... E essa busca, essa busca incessante da EXPRESSÃO
Que se perdeu na mecânica lógica dos fatos.
Sobre a mesa...
A ausência, a mecânica,
A lógica... os fatos, mais nada.


Antônio Fagundes

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Tua Chegada

Já me diziam as ciganas...
Constatava a astrologia,
As cartas e os tratados,
O mapa e toda a geografia...
Os livros, as poesias...
As bruxas, a alquimia...
Em todas as estrelas eu via!...
E tudo já me dizia
- CERTAMENTE -
Que tu virias.

E agora tu vieste!...
Trazendo o encantamento,
O brilho, a magia
E o deslumbramento...
Dum tempo que eu sonhei.



Antônio Fagundes

Amor e paixão

Amor e paixão

De que adianta ser sublime

Quando só se tem paixão?


Se é o amor que lhe tira

da razão e lhe

mostra

como é

viver

com todos

os sentimentos

dentro

do coração.



Alexander Bispo

Quem nunca curtiu uma paixão

"Como dizia o poeta
Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá
Pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu

Ah, quem nunca curtiu uma paixão
Nunca vai ter nada, não

Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa
É melhor que a solidão

Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer

Ai de quem não rasga o coração,
Esse não vai ter perdão

Quem nunca curtiu uma paixão
Nunca vai ter nada não."




Vinicius de Moraes

Coisa mais linda

Coisa mais bonita é você, assim
Justinho você, eu juro
Eu não sei por que você
Você é mais bonita que a flor
Quem dera a primavera da flor
Tivesse todo esse aroma de beleza
Que é o amor
Perfumando a natureza numa forma de mulher

Porque tão linda assim
Não existe a flor
Nem mesmo a cor não existe
E o amor
Nem mesmo o amor existe

E eu fico um pouco triste
Um pouco sem saber
Se é tão lindo o amor
Que eu tenho por você



Vinícius de Moraes

Ela

Como uma jovem rosa, a minha amada...
Morena, linda, esgalga, penumbrosa
Parece a flor colhida, ainda orvalhada
Justo no instante de tornar-se rosa.

Ah, porque não a deixas intocada
Poeta, tu que es pai, na misteriosa
Fragrância do seu ser, feito de cada
Coisa tão frágil que perfaz a rosa...

Mas (diz-me a Voz) por que deixá-la em haste
Agora que ela é rosa comovida
De ser na tua vida o que buscaste

Tão dolorosamente pela vida ?
Ela é rosa, poeta... assim se chama...
Sente bem seu perfume... Ela te ama...



Vinícius de Moraes

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Solidão

Vejo um raio de sol

Vejo o azul do dia

Vejo o movimento de pessoas

Vejo seu olhar...


Depois de ver tudo isso

só penso em...


Me refugiar


Voltar para a escuridão

Me sentir protegido

Vagar na solidão

Só assim terei certeza:

Aqui nunca me abandonarão

Pois vivo a solidão.




Alexander Bispo

CANÇÃO DA TORRE MAIS ALTA

Juventude presa
A tudo oprimida
Por delicadeza
Eu perdi a vida.
Ah! Que o tempo venha
Em que a alma se empenha.
Eu me disse: cessa,
Que ninguém te veja:
E sem a promessa
De algum bem que seja.
A ti só aspiro.
Augusto retiro.

Tamanha paciência
Não irei esquecer.
Temor e dolência,
Aos céus fiz erguer.
E esta sede estranha
A ofuscar-me a entranha.

Qual o Prado imenso
Condenado a olvido,
Que cresce florido
De joio e de incenso
Ao feroz zunzum das
Moscas imundas.


Com o Cair da Tarde

Com o cair da tarde,
O céu se tingiu de rosa.
Foi aos poucos se modificando.
Uma névoa fina cobriu o pasto,
os campos.
A paisagem ao longe ficou cinzenta.
A chuva fina,
mansa caía na vidraça.
Parecendo notas musicais.
Foi então que lembrei,
quando certa vez...
Ao ouvir a canção,
parei encantado.
De onde viria aquela música!
Era algo sublime,
notas tão claras.
Só poderia ser alguém
muito experiente.
Sabia como ninguém demonstrar o seu amor.
Aos poucos fui me apaixonando,
a melodia referia-se a um amor
entre dois jovens românticos,
sonhadores...
Ao me ver,
parou de cantar...
Abraçou-me e foi aí que pecebi
referia-se a nós dois.


Antônio Fagundes

Trecho Van Gogh: Um Suicidado Pela Sociedade



"Pode-se falar da boa saúde mental de Van Gogh, que em toda a sua vida apenas assou uma das mãos e, fora isso, limitou-se a cortar a orelha esquerda numa ocasião. Num mundo no qual diariamente comem vagina assada com molho verde ou sexo de recém-nascido flagelado e triturado, assim que sai do sexo materno. E isso não é uma imagem, mas sim um fato abundante e cotidianamente repetido e praticado no mundo todo.

E assim é que a vida atual, por mais delirante que possa parecer esta afirmação, mantém sua velha atmosfera de depravação, anarquia, desordem, delírio, perturbação, loucura crônica, inércia burguesa, anomalia psíquica (pois não é o homem, mas sim o mundo que se tornou anormal), proposital desonestidade e notória hipocrisia, absoluto desprezo por tudo que tem uma linguagem e reivindicação de uma ordem inteiramente baseada no cumprimento de uma primitiva injustiça; em suma, de crime organizado. Isso vai mal porque a consciência enferma mostra o máximo interesse, nesse momento, em não recuperar-se da sua enfermidade. Por isso, uma sociedade infecta inventou a psiquiatria, para defender-se das investigações feitas por algumas inteligências extraordinariamente lúcidas, cujas faculdades de adivinhação a incomodavam."




Quem sou eu

"Quem sou eu?
De onde venho?
Sou Antonin Artaud
e basta que eu o diga
Como só eu o sei dizer
e imediatamente
hão de ver meu corpo
atual,
voar em pedaços
e se juntar
sob dez mil aspectos
diversos.
Um novo corpo
no qual nunca mais
poderão esquecer.

Eu, Antonin Artaud, sou meu filho,
meu pai,
minha mãe,
e eu mesmo.
Eu represento Antonin Artaud!
Estou sempre morto.

Mas um vivo morto,
Um morto vivo.
Sou um morto
Sempre vivo.
A tragédia em cena já não me basta.
Quero transportá-la para minha vida.

Eu represento totalmente a minha vida.

Onde as pessoas procuram criar obras
de arte, eu pretendo mostrar o meu
espírito.
Não concebo uma obra de arte
dissociada da vida.

Eu, o senhor Antonin Artaud,
nascido em Marseille
no dia 4 de setembro de 1896,
eu sou Satã e eu sou Deus,
e pouco me importa a Virgem Maria.

O que é um louco?



"(...)E o que é um autêntico louco? É um homem que preferiu ficar louco, no sentido socialmente aceito, em vez de trair uma determinada idéia superior de honra humana. Assim, a sociedade mandou estrangular nos seus manicômios todos aqueles dos quais queria desembaraçar-se ou defender-se porque se recusavam a ser cúmplices em algumas imensas sujeiras. Pois o louco é o homem que a sociedade não quer ouvir e que é impedido de enunciar certas verdades intoleráveis."

Antonin Artaud

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Gênio Louco...





Faça você também Que
gênio-louco é você?
Uma criação de O Mundo Insano da Abyssinia




Porquê de médico e louco todo mundo tem um pouco, minha parte de médico ainda não achei, ou melhor, achei e preferi perdê-la novamente, assim a de louco ficou com grande espaço para atuar.

Alexander Bispo

Tento

Tento expressar,
meus olhos fogem...


Tento dizer,
minha boca se cala...



Tento mostrar,
meus gestos não consentem...



Mas apesar de tudo isto,


Cada erro, cada fuga


É também uma procura.


E sempre procuro uma nova forma e dizer:


AMO VOCÊ!!


Alexander Bispo

Vaidade


Sonho que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!

Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!

Sonho que sou Alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a Terra anda curvada!


E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho... E não sou nada!...



Florbela Espanca

Lágrimas ocultas

Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...

E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!

E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...

E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!



Florbela Espanca

Volúpia

No divino impudor da mocidade,
Nesse êxtase pagão que vence a sorte,
Num frémito vibrante de ansiedade,
Dou-te o meu corpo prometido à morte!

A sombra entre a mentira e a verdade...
A núvem que arrastou o vento norte...
Meu corpo! Trago nele um vinho forte:
Meus beijos de volúpia e de maldade!

Trago dálias vermelhas no regaço...
São os dedos do sol quando te abraço,
Cravados no teu peito como lanças!

E do meu corpo os leves arabescos
Vão-te envolvendo em círculos dantescos
Felinamente, em voluptuosas danças...



Florbela Espanca

Promessa...

Juro desejar-te enquanto amor for
arte, enquanto o sol for parte
do amanhecer.

Prometo criar-te poemas, colhidos
de tuas cenas, gestos, jeitos,
gritos.

Tornar-te mito, muito, misto.

Prometo... ao menos, que seja por
letras, estrofes sem métrica,tornar-me
profeta, mesmo eu, um
mero poeta, pra fazer de ti,
o guardião do universo,
que em meu verso
conduz a pena, ao pergaminho,
adorna e adormece
em meu ninho.

Preciso colher teus fios luminosos
Cada linear luzindo à luz pra tear
a teia prateada.

e pretender-te, pretenso, algeniado ao meu
músculo carmim apenas para entorpecê-lo
enfim, de agrados

regrada emoção, e saciar-te de
prazer
tua clara pele parda
teu corpo belo perto
teus verdes

até que nunca possa acontecer
que jamais exista um fim

Juro desejar-te

enquanto a emoção for forte

enquanto eu, louco suporte

tanto amor dentro de mim.


Antônio Fagundes

Se tu viesses ver-me...

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...

Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...

Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri

E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...


Florbela Espanca

Vinícius de Moraes.....Esse Poeta do Amor....


Ai de quem ama
Quanta tristeza
Há nesta vida
Só incerteza
Só despedida
Amar é triste
O que é que existe?
O amor Ama,
canta Sofre
Tanta Tanta saudade
Do seu carinho
Quanta saudade
Amar sozinho
Ai de quem ama
Vive dizendo
Adeus, adeus

Vinícius de Mores

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Os poetas

Serão os poetas pessoas loucas?
Amam de uma forma incompreensível?
Vivem nos sonhos sem terem noção do mundo à sua volta?
São perguntas que se fazem e cada pessoa dará uma resposta

Os poetas podem ser pessoas importantes, podem ser vagabundos, podemos ser nós próprios.
Um poeta não se define apenas pelo que escreve, nem pela forma como escrever, define-se também na forma de ver as coisas, na forma de viver, na forma de sentir.
Serão os poetas loucos ou apenas vêem o mundo da forma que deveria ser visto?
Já se falou mal dos poetas, já se falou bem, já os chamaram loucos por dizerem as coisas que deveriam ser ditas mas que ninguém tinha coragem de dizer porque poderiam sofrer represálias como muitos sofreram.
Grandes textos foram criados por poetas, textos que mexeram com a sociedade, que mexeram no intimo das pessoas; e o poeta consegue fazer isso porque o poeta consegue decifrar o conteúdo do coração.
Os poetas fazem coisas maravilhosas, algumas delas são encantadoras
Conseguem pintar um quadro em palavras, explicar sentimentos que estão no fundo do coração, entendem o amor, o sofrimento, a angustia, a saudade.
Conseguem alcançar o que não se vê, conseguem sentir o que não se conhece.
Nas mãos dos poetas existe todo o material necessário porque estão ligadas à mente, têm o poder de contar a vida das estrelas, de descrever os brilhos da lua e do sol.
De uma frase fazem poemas, de poemas fazem poesias.
Em tudo vêem algo para escrever, de uma forma própria de ver a vida.
Os poetas são especiais, porque levam pelo mundo mensagens de emoção, de risos, de choro, de alegria, de tristeza, mas sempre de todas as formas conseguem transmitir alguma coisa a todas as pessoas.
Podem viver no mundo da lua, mas isso é porque vêem a vida, as pessoas de uma forma diferente.
Pode-se ver os poetas de muitas maneiras, mas eles são apenas a extensão da sua obra, porque eles próprios são poesia constante.
Sem os poetas o mundo esquece-se da emoção, dos sentimentos puros, de formas de ver o mundo que não se consegue ver.
Os poetas são um grande tesouro, e tu és poeta?



autor desconhecido
http://frasesepoemas.blogs.sapo.pt/

Aprendendo

dividir
conviver
crescer
aprender


o que seria da vida sem você?

Com você, aprendi a dividir;

aprendi que meu que meu coração deve ser seu também.

Com você, aprendi a conviver;

aprendi que a vida a dois é mais gostosa de se viver.

Com você, aprendi a crescer;

aprendi que quando se tem uma mão para segurar a subida é mais amena.

Com você, aprendi a aprender;

aprendi, por fim, que tudo que se sabe pode ser reaprendido, melhor e de forma mais sábia.

Resumindo, aprendi a AMAR!!

Obrigado por me ensinar!!


Alexander Bispo

Nada que se compare

Não há sol mais quente!
Nem tempestade mais devastadora!
Nem o mar em revolto!
Não há nada que se compare a esse amor!
Amor de querer estar sempre juntinho!
Amor de querer sempre beijinho!
Amor de ficar só por ficar!
Amor de querer ver você voltar;
sem você ainda ter partido!
Amor que na solidão desse amor,
me faz chorar!
Lágrimas que já não vem dos olhos,
e sim do coração!
Amor que me faz medos e mágoas!
Amor que me faz sentir dor!

Mas nunca desisto
De ter esse amor!


Antônio Fagundes

Soneto a quatro-mãos

Tudo de amor que existe em mim foi dado
Tudo que fala em mim de amor foi dito
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.

Tão pródigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei proscrito
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.

Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse.

Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano.



Vinícius de Moraes

Chega de Saudade

Vai, minha tristeza, e diz a ela
Que sem ela não pode ser
Diz-lhe, numa prece, que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer

Chega de saudade, a realidade é que sem ela
Não há paz, não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim, não sai de mim, não sai

Mas, se ela voltar, se ela voltar
Que coisa linda, que coisa louca
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos que eu darei na sua boca

Dentro dos meus braços
Os abraços hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim

Que é pra acabar com esse negócio de viver longe de mim
Não quero mais esse negócio de você viver assim
Vamos deixar desse negócio de você viver sem mim



Vinícius de Moraes

Tomara

Tomara
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho

Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz

E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...



Vinícius de Moraes