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segunda-feira, 8 de março de 2010

Destrinchando Prazeres




Pensamentos

Vida

Mulheres

Bebida


Jogo tudo num papel

Para que se retire o féu


E depois de compreendida

A sina da minha vida


Quero uma

Vaga no céu.



Alexander Bispo

Escrita

Tormenta em Alto mar




Agora só me resta
Navegar nessa imensidão de mar...
E buscar algum porto, algum cais,
A luz de um farol...
E alguma taberna vulgar
Sorver goles de vinho barato,
Para esquecer teu corpo, teu porto,
Teus beijos, teu nome... tua rua.
Talvez eu venha tatuar teu nome em meu braço
E cantar tua canção preferida,
Em meio de bêbados, ladrões, mercenários...
Vagabundas...
E nesses momentos fugitivos,
Fingir, então, que esqueci teu corpo, teu mar...
Tuas palavras, tua tarde... e toda a tua magia,
Assim como se levanta a âncora para partir
E nunca mais voltar...
Duma viagem sem fim
Mas a força do nosso amor
- A eterna força do nosso amor -
Faz do encontro um tempo sem fim, sem fim...
Sem fim.


Prefiro o mar turbulento da tua presença
do que o porto seguro da tua ausência.


Antônio Fagundes

sexta-feira, 5 de março de 2010

Vampiro Interno




Sangue suga que estás aqui

Portador do espírito que adquiri

Luto com tua voracidade

Aprendi tua velocidade

Já não vivo em Frenesi

Pois a paciência aprendi

Tudo isto

devo a ti

Que no poço me lançou

Mas a mim

Sempre

Guardou.


Alexander Bispo

Sonhos

Um Momento




Breve momento de inspiração
Após longas horas de ausência,
Que vão formando assim
O resto dos meus dias.

Tento sugar em tão breve instante
A seiva prodigiosa e pura
Que ainda parece-me restar dentro d'alma...
Mas as minhas mãos vazias
Rendem-se à marcha cruel das horas
- Que vão passando -
No inexorável relógio da vida.

Faz frio em meu peito - eu sinto -,
Apavora esse entardecer que me despe...
Que te despe!...
Iludo-me com o teu retorno - eu sei -
Saudade?... certamente existe


Antônio Fagundes

quinta-feira, 4 de março de 2010

Espelhos




Espelhos

Já não os olho mais

Esta imagem não me satisfaz

Se depois de tudo

Só restará o que

você faz

A imagem que quero ter

é do corajoso

Cavaleiro Voraz

Que por ter vida já

se refaz

esperando o que aqui estás.


Alexander Bispo

Formas de encantar

Quero Ser




Eu quero ser
O ar que você respira,
O chão que você pisa...
O pão que você come.
Quero ser luz!...
Para aluminar sua escuridão...
Que ser água
No seu deserto,
E ser sangue correndo em suas veias.
Quero ser fogo!... para, então.
Acender as suas velas.
Quero ser as vogais
Das suas palavras de amor...
Quero ser uma estrela
No céu da sua boca!!...


Antônio Fagundes

quarta-feira, 3 de março de 2010

Diferenças - Eu x Você




Tenho pensamentos

Sublimes

Tenho pelo conhecimento

Um apetite voraz

Tenho pelo amor

Uma esperança Tenaz

E você?

Você tem um pacto

com a

mediocricidade

e um

pouco mais.



Alexander Bispo

Paz

Ficaste em Mim




Ficaste em mim com os cabelos loiros e teu

olhar verde-dourado às vezes. Mesmo, porém,

que fossem negros os teus cabelos, castanhos

os teus olhos, outro o talhe e a voz, terias,

mesmo assim, ficado para sempre. Estás naturalmente,

como voam as aves, as brisas e as

abelhas, e cantam as cigarras, as águas e alvoradas,

como nadam os peixes, as algas e as espumas,

como caem as chuvas, como fulgura o sol. Estás

em turbilhão, voragem de tormenta, mar em procela

e grito; és riso e dor, és fome, és o vazio

sequioso nas cavernas da alma onde as trevas

irrompem. No sangue estás em lava dilacerando

estrelas, gerando o nada, o tudo, estás

agora-sempre, intemporal estás.
E te procuro ainda.


Antônio Fagundes

terça-feira, 2 de março de 2010

Mais Uma Vez, Erros...




Mais uma vez

me olho

Mais uma vez

Te ignoro

Porquê

Simplismente

Recuso-me

A ser seu projeto

Falho de

Vida

Não vivida

O erro foi seu,

Que deu-se

por vencida.


Alexander Bispo

Um amigo

Esperanças de Amor




Meu amor, este amargo,
meu amor primeiro,
de que sol tu me trouxeste?

Há fontes manando estrelas,
madrugada sobre o mar.

Onde as galeras guerreiras
onde os clarins de avançar?

Nas areias, praia branca,
semeei sonhos, vento e luar.

Sei de almas em febre,
e o gosto e as formas da morte,
na boca nos olhos, nas mãos.


Antõnio Fagundes