
Agora só me resta
Navegar nessa imensidão de mar...
E buscar algum porto, algum cais,
A luz de um farol...
E alguma taberna vulgar
Sorver goles de vinho barato,
Para esquecer teu corpo, teu porto,
Teus beijos, teu nome... tua rua.
Talvez eu venha tatuar teu nome em meu braço
E cantar tua canção preferida,
Em meio de bêbados, ladrões, mercenários...
Vagabundas...
E nesses momentos fugitivos,
Fingir, então, que esqueci teu corpo, teu mar...
Tuas palavras, tua tarde... e toda a tua magia,
Assim como se levanta a âncora para partir
E nunca mais voltar...
Duma viagem sem fim
Mas a força do nosso amor
- A eterna força do nosso amor -
Faz do encontro um tempo sem fim, sem fim...
Sem fim.
Prefiro o mar turbulento da tua presença
do que o porto seguro da tua ausência.
Antônio Fagundes
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