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domingo, 24 de julho de 2011
Palavras
Inconstante
hei de ser
por momentos
posso nao parecer
Agradei-te
com
palavras
Obrigado por me entender
Machuquei-te
com
a verdade
Lamento...
Procure o porquê.
Alexander Bispo
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Meus Rabiscos
Lembranças
Das poucas brandas vezes que me lembro de ti,
Tu me vens pálida...
Às vezes sorrindo, às vezes chorando!...
E por toda a noite
Tu ficas velando
O meu sono tardio.
E daquele amor inefável e misterioso
Restaram somente rastros...
Restaram somente ruas, somente sonhos...
Somente marcas
- Somente cartas -
E a ilusão e a magia
Da eternidade do primeiro amor,
Que se perdeu na solidão efêmera do caminho
Na busca errante da felicidade.
Antônio Fagundes
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Meu Pai e Mentor
Ruinas da amizade
Quando você encontra alguém especial e se apaixona por essa pessoa, você começa a construir um relacionamento com os cuidados de quem constrói uma Maravilha.
Seus materiais básicos são constituídos de muito Amor, Companheirismo e Dedicação.
Até que um dia algo terrível acontece, jogando por terra toda sua construção. ...
É desalentador e faz mesmo pensar que todo seu trabalho fora em vão.
Mas isso é ledo engano: se construístes tudo realmente com beleza e pureza de sentimento, restará ainda uma magnífica Amizade.
Assim como as mais majestosas construções da Humanidade deixaram suntuosas ruinas das quais cuidamos e admiramos, a Amizade fruto de um Amor de verdade, deve e merece ser preservada.
Augusto Branco
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Outros Poetas
sábado, 16 de julho de 2011
Morbidez de um Dia...
Dia Mórbido
Asqueroso
Cinza
Neutro
Consuma-me híbrido
sem noção
Como um verme
em uma prisão
E você?
Porquê me dilacera
a razão
Se não alimentarás minha paixão...
Devolva-me o coração !!!
Alexander Bispo
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Meus Rabiscos
Pára, chuva!
Bate a chuva na janela, bate, bate sem parar.
Pára, chuva! Lembro aquela... Pára não quero chorar.
Bate a chuva. Os olhos dela, verdes, tristes a cismar...
Pára, chuva! Lembro aquela que eu amei longe, no
mar. Loira e frágil, fado e sonho, chuva, nos viste
noivar. Pára, chuva! Desespero. Pára! Já estou a
chorar. Pára, chuva! Não? Não cales: como eu
não cessei de amar chora, chuva, chora sempre,
nunca pares de chorar. Chora mas bem de mansinho,
chora em canção de ninar, que ela dorme
entre as sereias: foi roubada pelo mar.
Antônio Fagundes
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Meu Pai e Mentor
Saudades
Saudades! Sim... Talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte.
Que bem pensara vê-lo até à morte.
Deslumbrar-me de luz o coração! Esquecer!
Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte.
Deve-nos ser sagrado como o pão!
Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar.
Mais a saudade andasse presa a mim!
Florbela Espanca
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