É terminantemente proibida a reprodução total ou parcial dos artigos deste blog.
Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do código penal e pela Lei 9610/98
que rege os direitos autorais.

sábado, 16 de julho de 2011

Pára, chuva!




Bate a chuva na janela, bate, bate sem parar.

Pára, chuva! Lembro aquela... Pára não quero chorar.

Bate a chuva. Os olhos dela, verdes, tristes a cismar...

Pára, chuva! Lembro aquela que eu amei longe, no

mar. Loira e frágil, fado e sonho, chuva, nos viste

noivar. Pára, chuva! Desespero. Pára! Já estou a

chorar. Pára, chuva! Não? Não cales: como eu

não cessei de amar chora, chuva, chora sempre,

nunca pares de chorar. Chora mas bem de mansinho,

chora em canção de ninar, que ela dorme

entre as sereias: foi roubada pelo mar.




Antônio Fagundes

Nenhum comentário:

Postar um comentário