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sábado, 21 de novembro de 2009

ÀS Que Amo




Amo a gama que dá frutos
E a rama que dá flores.
Os meus dois amores:
A minha pequena ingênua, e a minha mulher:
Minha fêmea, minha mesa, minha musa, a intrusa, a princesa.
E a vida que Deus me deu.
Amo o irreverente, o crente e o ateu.
Amo os meus limites, meus gastrites, e todos os itens.
Que me pressionam agudos, obtusos, confusos,
geometricos, milimetricos perfeitos.
Que conspiram, me inspiram, e me aspiram.
Amo os meus feitos e defeitos.
Sou da rosa e do espinho.
Às vezes parto, e comemos no ninho.
Às vezes, como sozinho.
Sou a folha, sou do vento.
Ganho o ar, vou no tempo.
Dou asas à imaginação e ao meu passarinho.
Decolo, sou dos céus.
Solto o réu, lanço o véu, faço o mel.
Beijo a flor, sou colibri.
Na mata, sou saci, sou poti, bem-te-vi,
curupira, sou Tupã.
Sou o arco, a flexa, a mira, cunhã, cunhatã.
Aterrisso:
Sapateio, negaceio, choro, mas
Me ancoro no trabalho e viro espantalho.



Antônio Fagundes

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