
Nasci entre fios e transistores
E criei um coração de aço!
Os cristais que vibram, que vibram
Dizem muito mais de mim
Sem sangue, sem dores, sem desejos
- No peito somente as cores de um novo tempo...
E o medo caótico de uma visão atômica.
Trago na memória digital
A engenhosidade admirável da Ciência.
Todas as indefinições e complexidades
Na incompreendida busca de ser máquina
- Na terra somente primavera de plasticos e metais...
E a ameaça constante
de solidão.
Antônio Fagundes
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