
Fiz de minha vida um grande buquê de flores
Mas não encontrei a quem dar. E assim as flores,
uma a uma, Começaram tristemente a murchar.
Umas cairam como lágrimas, Outras de pura
melancolia, Nesta vida de desenganos Caíram
algumas, até mesmo, de alegria. Mas que buquê
tão estranho... Ao invés de sumir ele cresce.
Pra cada flor que se inclina Mais um espinho
aparece. Só que as flores de minha vida
Logo caem sem choro ou ais. Mas, os espinhos
bem fundo ferem E não me deixam nunca
mais.
Antônio Fagundes
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