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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Buquê de Flores




Fiz de minha vida um grande buquê de flores

Mas não encontrei a quem dar. E assim as flores,

uma a uma, Começaram tristemente a murchar.

Umas cairam como lágrimas, Outras de pura

melancolia, Nesta vida de desenganos Caíram

algumas, até mesmo, de alegria. Mas que buquê

tão estranho... Ao invés de sumir ele cresce.

Pra cada flor que se inclina Mais um espinho

aparece. Só que as flores de minha vida

Logo caem sem choro ou ais. Mas, os espinhos

bem fundo ferem E não me deixam nunca

mais.



Antônio Fagundes

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