
O amor tem memória
E guarda na mente as canções que um dia
Cantei pra ti...
Os murmúrios e as vozes,
As traições, os medos...
- O beijo roubado -
As tuas confissões mais íntimas.
Os anos passaram,
Como também passam as estações...
Mas as lembranças permaneceram,
Assim como sementes... frágeis sementes,
Que se escondem por algum tempo
E depois desabrocham.
Ao ver-te, alguns anos mais tarde,
Em vão fui buscar aquela menina cheia de sonhos
E de inocência... pois a menina virara mulher,
E não mais encontrei a graça da inocência
Em teu olhar.
Estava tão nebuloso!... Tão cheio de ódio!!
E hoje... talvez, ao leres esta poesia,
A ti mesma perguntarás:
De que menina e de que tempo ele estará falando?...
E certamente... certamente, não compreenderás!!
Não compreenderás??...
Antônio Fagundes
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