
O amor acabou, por deixarem-no acabar...
Na clareira, infância longe, o coração
gira ao luar. Altas nuvens esgarçadas,
verde-azul o teu olhar, meneio de onda
cantando nas graças do teu andar. Cabelos
loiros ondeantes, claro riso de cristais. Roda
coração, roda, roda, e eu te quero mais
e mais. Depois o coração parou. Fiquei
só, a te esperar. Amargas mágoas rolaram
salgando as águas do mar. Dourado
coração de outrora, canto em luz, tudo
acabou. Mas sobrenada em meus sonhos,
O amor que acabou.
Antônio Fagundes
Nenhum comentário:
Postar um comentário