
De repente...
Sou pego de surpresa
Pela fatídica mecânica da vida,
Que vai matando aos poucos
Os restos de poesia
Que ficaram sangrando dentro da alma,
Nebulando a minha paisagem
E paralisando a minha expressão!...
E as engrenagens giram, giram, giram...
E sobre a estante do quarto,
Caixas de Valium e Tofranil,
Algumas poesias perdidas
Na amarelada folha de papel,
E uma Parker, com o teu nome gravado...
Que - infelizmente -
Nunca mais escreveu nada,
Nada, nada...
Antônio Fagundes
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