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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Estou Livre




Demorei para esquecer-te
mas hoje estou livre, enfim!
Desde a manhã em que partiste,
que mudou? Foi quase nada.
As roseiras que plantamos
não florescem no jardim;
no canteiro abandonado
descubro, somente às vezes,
a florzinha azul, celeste,
mesmo azul dos olhos teus.
Que mudou? Foi quase nada.
Vagueio a noite, sozinho,
pelas ruas sem ninguém.
No parque em que nos amamos
Não há pássaros cantando,
crianças não brincam mais.
Demorei para esquecer-te,
mas hoje estou livre, enfim!
Não, não lembro o riso teu,
de cântico, arroio e cores,
ânsias novas e arrebois.
Que mudou? Foi quase nada.
As folhas do outono caem,
o sol aos poucos fenece
e as sombras se adensam mais.
É frio. Estou livre, enfim!



Antônio Fagundes

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