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domingo, 23 de setembro de 2012
Foi Mulher o Que Eu Amei
Foi mulher o que eu amei,
o que eu amei e amo ainda?
Ou foi, talvez, este céu,
este verde,
esta amplidão,
o contorno macio quente da coxilha
e o escuro palpitante da canhada?
Foi mulher o que eu amei?
Ou foi sonho?
Ou foi visão?
Fantasma, fantasma eu fui,
outro fantasma a buscar.
Agora nesta noite de setembro,
quando as coxilhas desmaiam à calidez do luar.
Estendido eu, aqui,
junto à carreta, nos pelegos,
fico horas esquecidas a cismar...
Mansamente, longamente,
Os meus bois, fiéis, me olham.
E meu cusco,
pobre cusco que encontrei, não sei mais onde,
Nem inquieto, suspeitoso,
a lamber-me os pés cansados.
Antônio Fagundes
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