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sábado, 15 de setembro de 2012

Um Grito







Um grito, outro grito na grama noturna:

fagulha de amor. Passou a nuvem. Sempre

as nuvens passam. Saudade, não. Na areia,

a garça de asa quebrada. Além, o azul.

Floresce a cismar, o cemitério sobranceiro ao

mar. O céu de azul aberto, a consumir-se em

si. Azul, só azul: deserto. Cardume de ouro e

prata em baile nas águas claras. A rede

cerra-se e mata. Para seu espanto, estraçalhando

o passaro, não lhe apreendeu o

canto. Das laranjeiras em flor quebraram-se

os galhos: grinaldas de amor.

Borboleta fremente: a glória da estrela cadente.

No céu distante, estrela da promissão:

    rapido instante.




Antônio Fagundes

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